Trio invade edifício na Barra e faz zelador como refém
O zelador do Edifício Simone, na rua Guadalajara, Barra, passou por momentos de terror na manhã desta quarta-feira, 17. A vítima, de 53 anos, que não teve o nome revelado, foi rendida por dois homens e uma mulher, passou cinco horas amarrado, amordaçado e ameaçado de receber uma injeção contendo veneno para matar ratos.
A delegada Jussara Gomes, da delegacia do Rio Vermelho, contou que o zelador foi rendido por volta das 6h30 na portaria do prédio, quando recolhia os jornais dos moradores. “Ele disse que os homens estavam armados com revólveres e a mulher estava com a seringa.”
Jussara afirmou que o zelador disse que o trio já sabia para onde queria ir. “Ele foi obrigado a abrir o apartamento 107. Lá, eles tiraram a dentadura do rapaz, enfiaram panos em sua boca, colaram com fita (adesiva) e amarraram suas pernas e braços com lençóis”, revelou a delegada. O apartamento está vazio, os moradores estão em Brasília.
Sem roubo
“O tempo que ficaram lá, eles beberam uísque, comeram e fizeram algumas ligações. A mulher ameaçava o senhor, dizendo que se ele fizesse alguma coisa iria injetar o veneno em seu corpo. Parecia que eles estavam esperando alguém”, disse a delegada acrescentando que os ladrões não roubaram nada do apartamento. Apenas o zelador foi roubado. Os ladrões levaram R$ 437, referentes à segunda parcela do décimo-terceiro salário, e alguns cartões dele.
De acordo com a policial, o trio estava atrás de algo específico, mas ela não soube dizer o que. Jussara Gomes disse ainda que os invasores foram embora por volta das 11h30. “Um, voltou e tirou o pano da boca do rapaz e disse: ‘Vou ser bonzinho e tirar o pano de sua boca. Daqui a meia hora, você grita’. A vizinha do lado ouviu ele gritar”, narrou a delegada.
Na tarde desta quarta, em depoimento, o zelador passou mal e foi levado à Unidade de Pronto Atendimento do Vale dos Barris. Seu estado de saúde não foi revelado. Segundo a delegada, ele estava muito abalado e não teve condição de continuar a conversa.
Jussara disse não ter sido esta a primeira invasão ao prédio. Em abril, o apartamento 101 foi assaltado. “Desde o primeiro assalto, pedimos que colocassem algum sistema de segurança, eles não colocaram”, disse lembrando que se houvesse câmeras isso ajudaria na identificação dos bandidos.