Tambores em Cena encerra última edição com participação de Ary Dias

 Tambores em Cena encerra última edição com participação de Ary Dias

O artista baiano Ary Dias foi o último convidado da primeira temporada do workshop Tambores em Cena. Para marcar a última edição do projeto, realizado nesta quarta (19), no Teatro Gregório de Mattos, o percussionista e cantor contou sua trajetória e vivências com a música a percussão.

Idealizador do projeto, o percussionista e filósofo Wilson Café se emocionou ao falar sobre a participação de Ary no workshop. Em uma de suas falas, ele contou que o convidado sempre foi um conselheiro e espelho quando se trata de percussão. “Vale ressaltar que Ary foi o primeiro percussionista a trazer para o nosso celeiro da música os efeitos do instrumento”.

Café destaca também a realização do projeto como fomentação cultural e apoio aos músicos locais e nacionais. “A Bahia em si é um celeiro de tantos músicos bons. Essa primeira temporada do Tambores em Cena ficou marcada, principalmente, pela troca de conhecimentos entre o público e os convidados, esse é o principal objetivo mesmo desse projeto”.

Aclamado pelo público desde a sua chegada, Ary Dias agradeceu o convite do amigo e destacou como uma grande responsabilidade encerrar a temporada do projeto. “Essa é uma iniciativa maravilhosa. As pessoas precisam saber a história, de onde veio e onde caminhou e caminha até hoje a percussão, principalmente aqui em nossa terra que é a terra mãe desse instrumento. Me orgulho muito em saber da qualidade, hoje, da percussão e dos percussionistas baianos, que reflete em todo país”.

A professora de história, Valmira Damasceno, de 58 anos, parabenizou o projeto pela oportunidade de troca de conhecimentos e por reforçar a história do instrumento. “Conheço o trabalho desenvolvido por Wilson Café. Foi uma tarde muito enriquecedora, com troca de conhecimento e informações e ainda ter a oportunidade de estar próximo a nossa história”.

Para a educadora de língua portuguesa, Tainã de Santana, de 28 anos, a ideia de promover o diálogo musical e encontros com grandes músicos da nossa terra é muito interessante. “Infelizmente é pouco falado nos ambientes acadêmicos sobre trabalhos desenvolvidos por pessoas pretas. Com certeza estarei partilhando com meus alunos de que os tambores fazem parte de uma filosofia cultural e de nossa realidade”, disse.

Reportagem: Valmir Soares/Secom 

Bahia em Debate

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