PRESIDENTE DO BAHIA FALA SOBRE FALTA DE GOLS
O torcedor que dorme e acorda pensando em quem será o próximo reforço do Bahia vai ter que se preocupar com outra coisa. Pelo menos é a impressão que o presidente do clube, Guilherme Bellintani, deixou na entrevista coletiva desta sexta-feira, 4, no Fazendão. O dirigente esfriou a expectativa pela contratação de um camisa 9 e afirmou que o clube precisa de tempo para avaliar se a falta de gols nas últimas partidas é uma situação provisória ou não.
“Especificamente, nos últimos jogos, o time marcou poucos gols, mas temos que avaliar ainda se é uma questão temporária, pontual, ou se é uma problema estruturante. Se a cada três ou quatro jogos determinadas lacunas gerarem na diretoria uma, duas ou três contratações, a gente terminará o ano criticado pelo torcedor e pela imprensa pelo excesso de contratações decididas a partir de momentos circunstanciais”, falou.
Em três rodadas no Campeonato Brasileiro, o tricolor marcou apenas um gol — que, mesmo assim, quase não sai: foi aquele de Júnior Brumado aos 48 do segundo tempo, contra o Santos. Para completar a agonia, o Esquadrão não conseguiu sair do zero diante do fraco Botafogo-PB, na última quarta, na partida que garantiu a vaga na semifinal da Copa do Nordeste.
Segundo Bellintani, porém, há motivos para acreditar que a escassez de gols pode ser passageira. “A gente terminou o Campeonato Baiano com o ataque mais positivo. Ano passado, com um grupo, do meio para a frente, parecido com esse, terminamos com o terceiro melhor ataque do Brasileiro, o que não é fácil”, ponderou.
A pouca movimentação do mercado neste início de Campeonato Brasileiro também foi apontada pelo presidente como um retrato do que vive o Bahia na busca por jogadores. “Não quer dizer que não estejamos buscando, mas não faremos contratações por circunstâncias pontuais. Outra ressalva é o mercado, que está completamente parado. Nenhum clube está fazendo as contratações que deseja. Quem tem atleta, mesmo não usando entre os titulares, não está liberando. Um exemplo é a proposta que o Vitória fez por Copete: no jogo seguinte, o Santos botou Copete para jogar. O Bahia fez uma proposta por um zagueiro, e, no jogo seguinte, o time colocou o atleta para jogar”, relatou.
Bellintani negou ainda dois nomes especulados por parte da imprensa: o do segundo volante Hector Canteros, da Chapecoense, e o do meia Edinho, do Fortaleza. De acordo com o dirigente, não houve sequer contato ou consulta por parte do clube.
Muito provavelmente, portanto, é sem notícias de reforços que o Bahia entra em campo no próximo domingo (6), contra o Sport, na Ilha do Retiro, pela 4ª rodada da Série A. De quebra, ainda pode ficar sem Tiago e Élber, que saíram lesionados do jogo contra o Botafogo-PB e ainda não estão garantidos no confronto.
Permuta por qualificação
Na esteira das novidades do programa de sócio-torcedor — que dará aos adimplentes camisa e descontos em cervejas na Arena Fonte Nova —, o dirigente anunciou um patrocínio temporário, apenas para este mês. Em troca da exibição de sua marca nas costas da camisa tricolor, uma empresa de call center vai treinar os funcionários do atendimento ao associado do clube.