Comped reivindica inclusão da Pessoa Com Deficiência em grupo prioritário no Plano Nacional de Vacina contra Covid-19
O Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência de Salvador (Comped), reivindicou, em ofício enviado ao Ministério da Saúde e às secretarias municipal e estadual, a inclusão da Pessoa Com Deficiência (PCD) no grupo prioritário no Plano Nacional de Vacina contra a Covid-19.O presidente do Comped, Wanete Carvalho, ressaltou que os PCDs não estão em nenhuma das fases consideradas prioritárias para imunização contra o coronavírus que, segundo ele, é um desrespeito às pessoas com deficiência deste país.
“Como representante das pessoas que precisam ser vistas e incluídas na sociedade, que têm direitos e deveres, solicito a inclusão da pessoa com deficiência como prioridade no plano de vacinação, tendo em vista o grau de vulnerabilidade deste público. É dever do Estado Brasileiro cumprir os comandos da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência que assegura a prioridade de efetivação dos direitos”, pontuou Wanete Carvalho.
O Plano Operacional da Estratégia de Vacinação contra o coronavírus no Brasil foi anunciado pelo Ministério da Saúde e prevê quatro fases de distribuição. Primeira fase serão os profissionais da saúde, pessoas idosas com mais de 75 anos e pessoas idosas com mais de 60 anos vivendo em instituições de longa permanência (ILPI) e população indígena; segunda fase, pessoas de 60 a 74 anos de idade; terceira fase, pessoas com comorbidades como os pacientes com doença renal crônica e cardiovasculares e quarta fase, professores, pessoal de força de segurança e salvamento.
O presidente do Comped ressaltou, ainda, que conta com a sensibilização da Prefeitura de Salvador e Governo do Estado para liberar a vacina ao público com deficiência tão logo chegue à capital baiana. “Enviamos o ofício à secretaria Estadual e Municipal de Saúde reivindicando essa causa e contamos sim com a sensibilidade e apoio das pastas”, concluiu.
O Comped tem como principal missão fomentar e acompanhar a execução das políticas públicas voltadas para as pessoas com algum tipo de deficiência, no âmbito municipal, assim como articular as ações com outras esferas do Poder Público, como os governos Federal e Estadual. O conselho é formado por 18 conselheiros, entre representantes governamentais e da sociedade civil, com mandato de dois anos.