Bahia tem 70 criminosos procurados pela Segurança Pública
A Secretaria da Segurança Púbica (SSP) tem atualmente 70 criminosos como alvos prioritários – a maioria faz parte de facções que atuam no estado. “Temos rivalidade dentro das próprias quadrilhas em algumas áreas da cidade e em todo o estado”, declarou o secretário da pasta, Maurício Barbosa, durante o lançamento da nova unidade do Batalhão de Choque, a Companhia de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo), nesta quarta (9), na sede da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). A criação da Patamo foi divulgada com exclusividade pelo CORREIO, em julho. A tropa tem formação específica para atuar em regiões de conflito.
A SSP não divulgou a lista com os nomes dos 70 criminoso que estão na mira da pasta. “Por uma questão de estratégia não vamos divulgar os nomes. Alguns tiveram suas prisões revogadas pela Justiça, mas o que podemos garantir é que alguns já constam no Baralho do Crime (ferramenta criada pela própria SSP para estimular os baianos a denunciarem os procurados pela polícia)”, argumentou o secretário.
O mapeamento foi realizado através do Serviço de Inteligência (SI) da Polícia Civil. “Temos um trabalho muito firme com as unidades especializadas da Polícia Civil que fazem um trabalho de investigação e atuam junto com a Polícia Militar e faremos um reforço nas comunidades na busca de traficante alvos considerados prioritários para segurança pública”. Os traficantes não são os únicos mais procurados pela SSP. “Estão também nessa lista assaltantes de bancos e integrantes de grupos de extermínios”, completou.
O secretário reforçou ainda que a Patamo também atuará na captura desses bandidos. “A atuação da Patamo e demais unidades será em todo o estado, para que a gente possa fazer o desmantelamento dessas facções criminosas, atuando nas áreas onde elas (facções) vendem entorpecentes, para então o enfraquecimento e prisão dessas marginais”, declarou.
Patamo
A unidade, recém-criada pela Polícia Militar da Bahia (PM-BA) dentro do Batalhão de Choque, vai atuar nos bairros que compõem a chamada “mancha criminal” da capital, e que abrigam um volume maior de ocorrências de violência. Entre eles, estão Cosme de Farias, Engenho Velho da Federação, Valéria e Santa Cruz. A Baixa do Tubo, por exemplo, no Vale do Matatu, é alvo de confronto intenso entre duas facções: Comando da Paz (CP), que ainda controla a região, e Bonde do Maluco (BDM), que domina Cosme de Farias e a região de Brotas.