ARTIGO DE WANETE CARVALHO
A capacidade de conviver com os contrários pacificamente, de respeitar o contraditório, de entender que a democracia nos faz bem, de saber que um cara maduro, experiente, vivido e preparado não deve se movimentar com o balanço de qualquer onda, tem me colocado numa posição confortável nessa moda de radicalismo.
Não me vejo em debate fútil, violento e pobre. Sou adepto ao dialogo com conteúdo, a disputa saudável e inteligente, a peleja rica de conhecimento técnico e político com P maiúsculo.
Houve um tempo em que o parlamento era rico de debates acalorados e cheios de saber.
Poucos ainda resistem bravamente em um oceano de cabeças sem cérebro que vagam de um lado para o outro sem saber sequer o que fazem no ambiente em que estão.
Como caixa ressonância da sociedade, atormentados pela incapacidade intelectual, muitos gritam, cospem ódio, ameaçam e escolhem um lado da linha burra divisória. Não conseguem sair e estão presos como irracionais condicionados a seu caminho diário, verdadeiros incapazes de pensar além da rivalidade adquirida. Poucos saem!
Que possamos rapidamente descobrir o caminho de volta para esse tempo que foi sufocado pelo poder econômico e pela apatia social.
Mesmo que sejamos um povo pobre economicamente, não podemos nos permitir sermos pobres em nossa capacidade de pensar.
Ser diferente em tempos bicudos como o que vivemos, tem o sinônimo de ser igual na queda de braço entre o que o mata e o que esfola. Diferente em verdade, será o que acolhe, o que ensina, o que prega e pratica o entendimento e o respeito mútuo. O diferente deve trocar o dedo em riste pelo sorriso na face, o odio pelo amor, sempre será um vigilante do Estado Democrático de Direito e deve entender que uma nação próspera se faz com iguais, apesar de serem diferentes.
Wanete Carvalho
WANETE CARVALHO É LICENCIADO EM HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL