Agentes de salvamento aquático da Salvamar participam de curso de Libras em parceria com a Sempre
Agentes de salvamento marítimo que atuam nas praias de Salvador participaram de um curso de Libras a fim de qualificarem o seu atendimento às pessoas surdas na capital baiana. O treinamento teve duração de 40 horas-aula e foi resultado de uma parceria entre a Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar), vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), e a Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre).
De acordo com a diretora de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência da Sempre, Daiane Pina, o curso é fundamental para a segurança de pessoas surdas que frequentam as praias da cidade. “A Salvamar, após ofertar um curso na Aesos, parceiro da Sempre, nos falou da vontade do curso e prometemos que iríamos criar, primeiramente, acessibilidade de bandeiras e informações nas redes sociais, o que já fizemos”, disse.
“A prioridade é salvar vidas. Todas as pessoas têm que ter direito à informação em caso de perigo, de necessidade, como se comunicar, e a Salvamar, através da Central de Acessibilidade Comunicacional de Salvador (CACS), vai oportunizar que os profissionais aprendam a se comunicar com pessoas surdas”, completou Daiane Pina.
O coordenador da Salvamar, Kailani Dantas, classificou o curso como importantíssimo para os agentes. “Vamos incluir cada vez mais uma gama de pessoas que têm a necessidade de ser assegurada pelo nosso serviço, e que em um outro momento não era possível”, disse.
“Acreditamos que desta forma conseguimos pensar novas formas de prevenir o afogamento para a comunidade surda, deficiente, junto com a Sempre, com o secretário Júnior Magalhães, determinar novos fatores para dar uma seguridade maior às pessoas com deficiência, com uma comunicação mais assertiva”, completou Kailani Dantas.
Chefe do setor de Prevenção e Treinamento da Salvamar, Jou Alexandre Oliveira explicou como o órgão diagnosticou essa necessidade: “A partir do momento que a gente sentiu a nossa dificuldade em se comunicar para prevenir o afogamento com pessoas surdas, a gente percebeu que a gente tinha que se capacitar e se qualificar para isso, para potencializar nosso serviço e preparar o Salvamar diante dessas pessoas, com acessibilidade melhor e banho de mar mais seguro. Nesta turma, temos 20 agentes participando”, afirmou.
O agente Leonardo Igreja, de 43 anos, conta que o curso é fundamental para o dia a dia nas praias. “Na praia, o nosso maior trabalho é justamente a prevenção. A comunicação é importante, seja ela visual, falada, gesticulada, então a gente trabalha com a palavra, conversando com as possíveis vítimas, com as bandeiras, e agregar esse curso é importante, pois a praia é acessível para todos”, declarou.