Acusado por 17 homicídios, líder do tráfico da San Martin foi preso em festa do pó

 Acusado por 17 homicídios, líder do tráfico da San Martin foi preso em festa do pó

Rua Paraguai, no bairro de Santa Mônica, estava tomada de carros no início da madrugada de anteontem. Era uma festa concorrida e o som, nas alturas, vinha das malas dos veículos. Mas o groove não era a única  diversão dos jovens. Bebidas e muitas drogas davam o tom da brincadeira, intitulada Calourada.

O promoter, o traficante Antonio Marcos Marcelino Moreira, o Marcos Rambo, 29 anos, líder do tráfico da Avenida San Martin, no entanto, não contava com um penetra: a Polícia Militar. A festa acabou com o som de tiros, trocados entre ele e os PMs, e sua prisão, por volta das 2h.

ntegrante da facção Comando da Paz (CP), Marcos Rambo é investigado pela participação em pelo menos 17 homicídios relacionados ao tráfico, entre eles uma chacina na Avenida Peixe, no Pero Vaz, onde cinco pessoas foram executadas em janeiro de 2013 (ver página ao lado).

“Temos a informação de que ele participou da chacina. E o que sabemos de fato é que o nome dele foi comprovado como executor ou mandante em cinco homicídios”, disse o delegado Jamal Amad, coordenador da 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS).

Festa do barulho
A Calourada, como a festa foi batizada pelo traficante, tinha o único objetivo: vender drogas no varejo. Os vapores (que na linguagem policial quer dizer quem vende a droga) estavam espalhados em pontos estratégicos na Rua Paraguai. “Eles estavam com pequenas quantidades de entorpecentes, mas a polícia foi pela Rua Vitor Serra, próxima à Rua Paraguai, e surpreendeu o traficante”, disse o major Edmilton Reis, comandante da 37ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Liberdade). “A festa foi organizada através das redes sociais”, complementou o major.

Com Marcos Rambo, a polícia encontrou 100 trouxinhas de maconha. Além de ter sido autuado em flagrante por tráfico de drogas, ele tinha mandado de prisão em aberto pelo mesmo crime, expedido pera 1ª Vara de Tóxicos, em novembro do ano passado. Ele foi condenado a seis anos de reclusão.

Bahia em Debate

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