CRIME NO CARREFOUR SEGUE EM INVESTIGAÇÃO
Os depoimentos de duas funcionárias do Carrefour à polícia na investigação sobre a morte de João Alberto Silveira Freitas, 40 anoS, cliente negro morto após ser espancado por seguranças, apresentaram contradições.Uma fiscal, à qual Beto teria acenado enquanto ainda estava no caixa com a esposa, disse à polícia, na condição de testemunha, que nunca o tinha visto e não entendeu o motivo de ele estar agindo daquela maneira.Já uma gerente de fiscalização, Adriana Alves Dutra, a que aparece no vídeo do estacionamento pedindo que as imagens não fossem gravadas, que é investigada pela polícia, afirmou que a colega relatou para ela que Beto teria tido atrito com outros funcionários em outras ocasiões.
Segundo a mulher, a vítima passou a encará-los e foi na direção dela, que se esquivou. Ela afirmou que Beto “parecia estar furioso com alguma coisa” e não “aparentava estar fazendo uma brincadeira”, como afirmou a esposa de Beto à polícia.
Conforme o relato da funcionária, Beto foi em direção a Borges e fez um gesto como se fosse empurrá-lo. A fiscal contou ainda que o cliente fez novamente um gesto para ela, que também se esquivou. Em seguida, Borges e Silva levaram Beto para o estacionamento da loja e, antes de sair, Beto teria dado um soco no PM temporário e, a partir daí, começaram as agressões que resultaram na morte dele.
Outra funcionária, a agente de fiscalização, que afirmou que a fiscal de caixa relatou que Beto “seria uma pessoa agressiva e que havia entrado em atrito com os fiscais em outras datas”, o que contradiz o depoimento anterior.
De acordo com a agente de fiscalização, Beto teria “empurrado uma senhora e foi orientado a deixar disso e se acalmar”, em seguida, houve um soco de Beto contra o PM temporário, “momento em que se ‘embolaram’, conforme o depoimento. A funcionária disse que acionou a Brigada Militar e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ao ver sangue. E que pediu várias vezes para que os rapazes largassem a vítima.