Salvador registra primeira morte por dengue hemorrágica
Salvador registrou o primeiro caso de morte por dengue hemorrágica neste ano, segundo informou nesta quinta-feira (27) a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).
A estudante de Direito Bruna Gomes de Oliveira Muniz, 24 anos, morava no bairro da Pituba. Ela deu entrada no Hospital do Subúrbio no último dia 24 de março após sentir os primeiros sintomas da doença.
Após o agravamento do estado de saúde da jovem, ela foi transferida para o Hospital Couto Maia, onde permaneceu internada até morrer na noite desta terça-feira (25).
Nos sites de redes sociais, amigos e familiares postaram mensagens emocionadas sobre a morte da jovem. “Nem toda dor que já sentir na vida não chegará nem perto do que estou sentindo agora. Mas sei que pode demorar, mas vai passar e também sei que como sempre eu e minha Bruninha ficaremos sempre juntos. Fica com Deus, maninha, e que ele te encaminhe para o caminho certo!”, escreveu o irmão, Bruno, em sua página no Facebook.
Salvador está entre as cidades com maior número de casos de dengue na Bahia. Segundo a Sesab, agentes de combates à dengue já realizaram ações preventivas e de bloqueio na região próxima ao local onde morava a vítima. Em nota, a Sesab informou que foi realizado o tratamento de depósitos do Aedes Aegypti, e eliminação de focos encontrados. A atividade foi intensificada com a utilização do fumacê.
Risco de dengue
De acordo com o levantamento da Sesab, do total de municípios baianos, 199 (47,7%) notificaram a doença, com destaque para Salvador (729), Feira de Santana (296), Itabuna (192), Pintadas (131), Teixeira de Freitas (75), Jequié (66), Porto Seguro (52), Ituaçu (48), Mirante (44) e Barreiras (42), que concentram 66,9% dos casos do estado da Bahia.
A mais nova orientação do Ministério da Saúde para os casos de dengue ocorridos em 2014 prevê que esses deverão seguir a nova classificação de casos: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.
Em Salvador, houve um aumento de 63% de notificações de casos de dengue em relação ao ano passado. Entre os distritos sanitários com maior número de casos destacam-se Cabula/Beiru, Boca do Rio e Barra/Rio Vermelho.
Vacina
Além da vacina, o Brasil também desenvolve a cultura de uma bactéria chamada Wulbachia que destrói o vírus, impedindo a disseminação da dengue. O estudo é feito pelo Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Getulio Vargas, a Universidade Federal de Minas Gerais e FioCruz.