Tiroteio deixa morto e dois feridos no Largo do Rio Vermelho
Um tiroteio em frente a um bar no Largo de Santana, no Rio Vermelho, na madrugada deste domingo (5), deixou uma pessoa morta e duas feridas. Os tiros foram disparados por volta das 4h após uma confusão em uma boate, segundo testemunhas. A discussão começou dentro do local e foi parar do lado de fora da casa, onde os disparos foram feitos. Ednei Moreira, 30 anos, foi atingido com um tiro no peito.
Um rastro de sangue lembra o crime na calçada da casa amarela, em frente ao Largo. “Eles até limparam o sangue que estava aí na frente. Mais cedo estava pior”, contou um garçom que trabalha em um bar próximo. Policiais civis e peritos realizaram uma investigação no bar por volta de meio-dia deste domingo (5). A delegada responsável pelo investigação no local não quis conversar com o CORREIO.
Ednei foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE) após a discussão. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu logo após dar entrada na unidade. Em nota, a PM informou que, quando os policiais militares acionados pelo CICOM chegaram ao Largo para atender a ocorrência, Ednei já havia sido socorrido por testemunhas para o HGE. No final da tarde deste domingo, o corpo dele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
O ambulante Rui Moreira Bispo, 61 anos, que trabalhava no local acabou atingido na perna. Outra vítima, José Raimundo de Jesus foi atingido nas costas. Eles foram socorridos por uma equipe da 12ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) para HGE, onde permanecem internados. O estado de saúde deles não foi divulgado.
Lenilson Santos, barman, afirma que tem escutado sobre assaltos no Rio Vermelho. “Não sei o que causou a confusão dessa vez, mas liguei logo ao caso do homem morto na semana passada no hotel [Millenium]] aqui perto. A violência está cada vez pior”, pondera.
Na última quarta (1), a 30 metros do local do crime deste sábado, Josuel de Jesus Carvalho, conhecido como Macaco, 24 anos, morreu após ser baleado e se jogar do segundo andar do Hotel Milenium.
Vanessa Santos, que trabalha como baiana de acarajé em frente ao local onde ocorreram os dois casos, concorda sobre a sensação de insegurança. “Era um lugar tão tranquilo, agora sempre ouço sobre novas situações assim”. Vanessa estava dentro do lugar, que antes funcionava como um restaurante, onde a delegada fazia apurações. Foi ela quem abriu as portas para a polícia. Um garçom de um bar próximo afirma que o local onde aconteceu o crime é uma boate. Vanessa, no entanto, afirma que ali funciona apenas um bar.
Prejuízo
O prejuízo para os bares e estabelecimentos do bairro não foi tão grande. Pelo menos é o que diz o garçom Sérgio Dantas, do bar Meia 8. Ele contou ao CORREIO que muitas pessoas sairam do local sem pagar as contas, porém, depois do pânico, a maioria voltou para acertar as contas.