Protesto contra reformas fecha vias de acesso na região do Iguatemi
Um ato que reúne representantes de centrais sindicais em protesto contra a reforma trabalhista e da previdência interrompe o fluxo de veículos na região do Iguatemi, em Salvador, na manhã desta sexta-feira (28). Os bloqueios começaram por volta das 6h na via principal e, por volta das 7h, bloqueou também a passagem de veículos pela via exclusiva para ônibus, que estava sendo usada por motoristas.
Os carros estão voltando na contramão, na faixa de dentro do Iguatemi para conseguir transitar pela via. O comerciante Ralf Barreto, 50 anos, estava indo para o Hospital Sarah e foi parado por manifestantes. “Eu não tenho nada contra a greve, cada um tem seu direito de protestar, mas é preciso que se pense nos outros. Não é justo que tenhamos impedimentos”, disse. Com o apoio da PM, Ralf, que é de Aracaju precisou sair na contramão da via para chegar ao seu destino.
Um homem que se apresentou como médico ficou revoltado por ter sido impedido de passar. “Eu sou médico, preciso ir trabalhar, por favor”, disse o homem que preferiu não se identificar. Manifestantes negaram e ele saiu na contramão. O ato está sendo acompanhado por viaturas da Polícia Militar. Segundo manifestantes a região deve ficar interditada até o início da tarde quando haverá, às 15h, deslocamento do grupo para o Campo Grande, onde acontecerá ato no período da tarde. A Transalvador orienta aos motoristas que evitem a região.
Dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Paulo Abdalla, 55, disse que o protesto é um ato com a intenção de frear as reformas propostas. “São medidas que priorizam apenas o mercado. Significa dizer que o jovem vai precisar contribuir com a previdência com 16 anos, ou seja, ele vai ter de trabalhar durante toda vida. A previdência é uma conquista do povo brasileiro, por isso, nossa indignação. O que nós pretendemos é a rejeição dessas reformas propostas pelo governo”.