Soldado baleado em Itinga foi atingido por outros policiais militares
O soldado da Polícia Militar da Base Comunitária de Segurança (BCS) Gilvan Almeida, baleado durante um atentado no final da manhã desta quarta-feira (18) no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, foi atingido por outros policiais militares.
Em nota, a PM informou que uma guarnição do Setor de Inteligência (Soint) da 81ª CIPM estava em ronda de rotina quando avistou um veículo inicialmente suspeito, na Avenida Fortaleza. Os PMs, que não estavam fardados e utilizavam uma viatura descaracterizada, iniciaram o acompanhamento do veículo, onde estava o soldado Gilvan Almeida, que não foi identificado.
Ainda segundo a PM, o soldado da BCS contou que pensou se tratar de bandidos numa tentativa de assalto e não reconheceu os colegas da 81ª CIPM. Ao tentar fugir, ele acabou batendo o carro e desmaiando, momento em que o amigo, que estava no carona e não é policial, pegou a arma dele, saiu do veículo e disparou contra os policias do Soint, acreditando que eram bandidos.
Como também pensaram se tratar de um suspeito, os PMs atiraram contra o homem e o veículo. Ao aproximar-se, a guarnição reconheceu o colega e prestou socorro imediato aos dois. O soldado foi atingido nas nádegas e encontra-se no Hospital Aeroporto. Já o amigo dele, foi atingido por um disparo e socorrido para o Hospital Menandro de Farias. Ambos ficaram feridos sem gravidade e não correm risco de morte.
O Departamento de Saúde (DS) e o Departamento de Promoção Social (DPS) da Polícia Militar estão oferecendo todo o suporte necessário. A unidade fará a instauração de um procedimento apuratório para esclarecer as circunstâncias e as responsabilidades acerca do fato.
De acordo com capitão Bruno, chefe de comunicação da PM, todas as unidades policiais possuem um setor de inteligência, que trabalham fazendo levantamento nas áreas cobertas pelo batalhão e por isso não utilizam nenhum tipo de identificação nas viaturas ou fardamento dos agentes.
Segundo a delegada em exercício da 27ª Delegacia Territorial (DT/Itinga) – onde o caso foi registrado, Juceli Rodrigues, o amigo do soldado Gilvan prestou depoimento na tarde desta quarta-feira. Ela disse ainda que o PM e outras pessoas que participaram e testemunharam a ação também serão ouvidas para que tudo seja esclarecido.
“Foi uma fatalidade. Eles eram todos amigos”, disse a delegada. Nem a delegada nem o subtenente da 81ª CIPM souberam informar o que caracterizava o carro do soldado Gilvan Almeida, um Renault Sandero de cor prata, como um veículo suspeito