Dois suspeitos de estupro coletivo contra jovem são presos no Rio
Dois suspeitos do estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos foram presos nesta segunda-feira, 30. Raí de Souza, de 22 anos, que admitiu ter tido relação sexual com a jovem, entregou-se na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), no Centro do Rio. Já Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, foi preso também no Centro.
Os dois foram levados para a Cidade da Polícia, no Jacaré, na zona norte. Souza e Perdomo haviam prestado depoimento na sexta-feira, 27. Na ocasião, Souza saiu da Cidade da Polícia sorridente, dizendo ter “provado” que não houve estupro. Ele assumiu ter divulgado as imagens da adolescente.
Perdomo, apontado pela adolescente como seu namorado, negou ter envolvimento com a jovem. Nesta segunda-feira, 30, a delegada Cristiana Bento, titular da DCAV, pediu a prisão temporária de seis suspeitos. Quatro permanecem foragidos.
“Mesmo que ele fique preso, irá à delegacia. A gente sabe que ele está falando a verdade, vou estudar o pedido de prisão para apresentar as medidas cabíveis”, havia afirmado o advogado de Perdomo, Eduardo Antunes, antes da prisão do jovem.
“Lucas está revoltado e desesperado com essa situação. Ele quer se apresentar à polícia e explicar tudo o que aconteceu, já se disponibilizou inclusive a fazer teste de DNA, vamos provar que não há vestígio de Lucas na jovem. Ele não encostou nela naquele dia”, acrescentou o advogado na oportunidade.
Protesto
Parentes e vizinhos de Raí de Souza, de 22 anos – um dos seis homens acusados de participar do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, e de divulgar imagens dela nua em redes sociais -, fazem nesta segunda, um protesto na Praça Seca, perto do local do crime, em defesa dele.
O advogado de Lucas sustenta que o jogador, naquela noite, teve relações com outra garota e que o amigo Raí de Souza ficou com a jovem que diz ter sido estuprada. Segundo o jogador, a jovem não quis acompanhá-los quando eles foram embora e ficou na casa. Lucas diz não saber o que aconteceu depois.
O jogador e o amigo Raí prestaram depoimento na sexta-feira, 27, ao titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DCRI), Alessandro Thiers, que inicialmente investigava o caso. O processo foi desmembrado e agora o crime de estupro é investigado pela DCAV, comandada pela delegada Cristiana Onorato Bento.