Varejo baiano fechou 2015 com queda de mais de 8%, diz IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) consolidou nesta terça-feira, 16, em pesquisa divulgada nacionalmente, os reflexos da crise nas vendas do comércio no ano passado. A atividade comercial na Bahia teve o quinto pior desempenho do país, com queda nas vendas em 8,1%, ficando atrás apenas do Amapá (-12,4%), Paraíba (-10,3%), Goiás (-10,2%) e Mato Grosso (-8,2%).
A queda nas vendas na atividade comercial baiana foi bem maior que em São Paulo (-3,5%) e Rio de Janeiro (-3,2), por exemplo. Em todo o país, o único estado que teve crescimento de vendas no ano passado, segundo o IBGE, foi Roraima (6,5%).
O índice negativo de 8,1% da Bahia também ficou bem superior que a média nacional (-4,3%). O dado é tido como alarmante, considerando que a média do país representa o mais elevado índice da série histórica, iniciada em 2001.
Segundo a análise do IBGE, o comportamento do comércio foi acompanhado por um perfil disseminado de taxas negativas entre as oito atividades que compõem o varejo, das quais sete fecharam o ano de 2015 apresentando queda no volume de vendas.
Os destaques, em termos de contribuição para o resultado global, foram: móveis e eletrodomésticos (-14%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,5%); tecidos, vestuário e calçados (-8,7%); e combustíveis e lubrificantes (-6,2%).
As demais atividades com desempenho negativo foram: livros, jornais, revistas e papelaria (-10,9%); equipamentos e material de escritório, informática e comunicação (-1,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,3%).
Na comparação com o ano de 2014, o único setor que apresentou aumento no volume de vendas foi artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com 3% de avanço, na média nacional.