Governador defende ‘reparação’ do governo por diferença de investimentos entre NE e SE
O governador Rui Costa defendeu, nesta sexta-feira (22), que o governo federal faça “a reparação de um período longo em que o Nordeste brasileiro não tem recebido investimentos proporcionais à sua população”. Presente no Fórum Dialoga Brasil, que discute o Plano Plurianual (PPA) 2016-2019, Rui afirmou que os nove governadores da região defendem a criação de um Fundo que consolide o volume de verbas destinadas à área. “Nós representamos 28% da população brasileira, mas se a gente olhar a cartela de investimentos do BNDES, ela nunca ultrapassou 12% aplicados aqui. A Caixa Econômica só agora alcançou 17% com o Minha Casa, Minha Vida. O Bando do Brasil idem. Portanto, é preciso devolver ao Nordeste o que lhe é de direito e o PPA é uma oportunidade para se colocar esse debate em cena”, acredita. Rui voltou a comparar os orçamentos disponíveis para a Bahia e o Rio de Janeiro. “O Rio de Janeiro tem 16 milhões de habitantes. Se a gente olha no mapa a gente vê aquela faixa pequena. São 16 milhões para R$ 90 bilhões de orçamento. A Bahia tem 15 milhões de habitantes, um milhão a menos, para R$ 40 bilhões de orçamento. Se eu já tivesse o orçamento que fosse só a diferença, se eu tivesse mais R$ 10 bilhões, eu já tava feliz da vida e ia poder fazer segurança, saúde e estrada com muito mais eficiência”, avaliou. O governador falou, ainda, que a saúde pública deverá ser uma questão fundamental no Planejamento Estratégico do país, e sugeriu que o Congresso Nacional encontre uma nova fonte de financiamento para o setor. “Com os atuais valores repassados, não há capacidade de responder à necessidade do estado, do país. O povo brasileiro, graças a Deus, está vivendo mais e, com isso, está requerendo uma atenção mais qualificada à saúde”, explicou. Segundo Rui, o aumento da expectativa de vida faz com que sejam exigidas intervenções mais complexas e, consequentemente, mais caras. Para ele, o Programa Mais Médicos auxiliou o atendimento à saúde básica, mas quando a população de todo país precisa de atenção mais qualificada, enfrenta problemas. “Isso não se trata do partido A, B, C ou D. Durante o encontro de governadores até o governador de São Paulo, que é o estado mais rico do país, do PSDB, ressaltou a mesma dificuldade”, concluiu.