Palestinos chegam a acordo de cessar-fogo com Israel
Autoridades do Hamas e da Jihad Islâmica, os principais grupos de combate na Faixa de Gaza, afirmaram nesta terça-feira (26) terem chegado um acordo com Israel para encerrar as sete semanas de guerra que deixaram mais de 2 mil palestinos mortos. Não houve comentários sobre a questão do lado israelense. Ziad Nakhala, graduado integrante da Jihad Islâmica, disse que o acordo pede um cessar-fogo “ilimitado” e a concordância de Israel em aliviar o bloqueio a Gaza, de forma a permitir a entrada de suprimentos e materiais de construção no território costeiro. Conversações sobre questões mais complexas, como a exigência do Hamas para a construção de um aeroporto e de um porto em Gaza, começarão em um mês, afirmou ele. O Egito, país que vem mediando as negociações entre Israel e militantes palestinos, deve fazer o anúncio a respeito do acordo ainda nesta terça-feira. Um funcionário do Hamas, que falou em condição de anonimato, confirmou os termos do acordo. Se os termos do cessar-fogo foram confirmados, significarão efetivamente que o Hamas estabeleceu condições semelhantes às que encerraram mais de uma semana de confrontos com Israel em 2012. Sob esses termos, Israel prometeu aliviar as restrições gradualmente, enquanto o Hamas prometeu interromper o lançamento de foguetes em direção a Israel. A trégua foi respeitada, mas o bloqueio a Gaza permaneceu praticamente intacto. Israel e o Egito impuseram o bloqueio em 2007, depois de o Hamas ter tomado o controle de Gaza em 2007. Pelas restrições, os 1,8 milhão de moradores de Gaza não podem viajar nem realizar operações comerciais. Apenas alguns milhares recebem autorização para sair do território costeiro a cada mês.