MANIFESTANTES INVADEM PLANALTO EM BRASÍLA E PRESISDENTE PROMETE AÇÃO PARA PUNIR VÂNDALOS
A Polícia Federal divulgou nota na noite de ontem afirmando ter instalado um gabinete de crise para coordenar os procedimentos de identificação dos responsáveis pela invasão aos prédios públicos.
Manifestantes entraram na Esplanada dos Ministérios na tarde de ontem invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), espalharam atos de vandalismo em Brasília e entraram em confronto com a Polícia Militar.
Os manifestantes vieram em grande parte do acampamento diante do Quartel-General do Exército em Brasília. Eles chegaram à Esplanada e se concentraram inicialmente em frente ao Ministério da Justiça. O grupo caminhou por mais de uma hora pelas ruas da capital, sem encontrar resistência ou qualquer tipo de barreira por parte das forças de segurança.
Uma parte invadiu a parte externa superior do Congresso e, depois, a área interna do prédio, alcançando os salões onde são exibidos itens históricos recebidos de presente pelo Estado brasileiro por outros países. Depois, chegaram até o Plenário do Senado Federal. Os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confronto. Em seguida, se dirigiram ao Palácio do Planalto, onde conseguiram acessar diferentes andares.
No STF, os vândalos chegaram ainda a pichar nas janelas a frase “perdeu, mané”, que faz alusão a uma resposta dada pelo ministro do tribunal Luís Roberto Barroso a um bolsonarista após sofrer hostilidades dos militantes durante viagem a Nova York.
Lula esteve no final da noite de ontem em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), onde conversou com a presidente da Corte, ministra Rosa Weber, além do ministro do Supremo Luís Roberto Barroso, e outros ministros do Executivo Federal.
Em nota, a ministra Rosa Weber disse que a Corte “não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao Estado Democrático de Direito” e que o STF atuará “para que os terroristas que participaram desses atos sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos”.
Ex-prefeito de Salvador, ACM Neto condenou os atos. “Cenas vergonhosas e injustificáveis em Brasília. Na política, oposição precisa ser feita com responsabilidade, respeito às instituições e à democracia. Baderna, violência e radicalismo devem ser tratados como merecem: com o rigor da lei”, destacou em publicação nas redes sociais.